Sinais de Liberdade


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

"Ku Klux Klan (KKK) is the name of several past and present secret domestic terrorist [2] organizations in the United States, generally in the southern states, that are best known for advocating white supremacy and acting as vigilantes while hidden behind conic masks and white robes. The first KKK arose in the turmoil after the Civil War. It utilized terrorism, violence, and lynching to intimidate and oppress African Americans, Jews, Roman Catholics, and other racial and religious minorities."

in Wikipedia.org


Logo do KKK:


"Vodafone (acho que dispensa apresentações, mas apenas para garantir o mesmo modus operandi...) is a mobile network operator headquartered in Berkshire, England, UK. It is the largest mobile telecommunications network company in the world by turnover and has a market value of about £75 billion (August 2008). Vodafone currently has equity interests in 25 countries and Partner Networks (networks in which it has no equity stake) in a further 42 countries. The name Vodafone comes from Voice data fone, chosen by the company to "reflect the provision of voice and data services over mobile phones."[1]"

in Wikipedia.org


Logo da VODAFONE:


Altura para perguntarem qual a relação entre uma coisa e outra, certo? Também eu fiquei curioso em sabê-la quando olhei atentamente para o logo da KKK, quando procurava informações sobres estes. A parte central é em tudo semelhante ao logo da Vodafone (e não digo que é a mesma coisa porque pareceria demasiado tendencioso) ou vice-versa, uma vez que o logo da Vodafone é (bastante) mais recente.

Fui procurar alguma coisa que me elucidasse sobre o tema, mas não encontrei nada que me tivesse satisfeito completamente. O máximo que encontrei foram outras pessoas que também notaram na semelhança, mas em nenhum dos casos explicava "o porquê".

Assim sendo, quero acreditar que não passa de uma infeliz coincidência.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

American History X




"The cult of xenophobia is the cheapest and surest method of obtaining from the masses the ignorant and savage patriotism, which puts the blame for every political folly or social misfortune upon the foreigner."

Mao Zedong

domingo, 17 de agosto de 2008

Palavras para quê?

sábado, 5 de julho de 2008

Estatísticas Rullez...ou Não

Sairam ontem as classificações gerais dos exames nacionais, realizados estes entre o dia 17 e o dia 23 do mês passado.

Como já vem sendo hábito em anos anteriores, o maior destaque foi para a Matemática, autêntico bicho-papão(?) para grande parte dos alunos deste vil e humilde país.

No entanto, e não sendo de todo surpreendente pois vem em consequência das reacções proferidas logo após o exame terminar, os alunos no seu geral estão de parabéns, umas vez que conseguiram não só ter uma média positiva a matemática, como também deram um salto de 3.1(!) valores, fixando-se nos 12.5.
(Para informação adicional, venham aqui ou aqui.)

Milagre?? Mas ainda há quem acredite nisso?
Não, claro que não. Estes resultados, têm uma explicação perfeitamente lógica e plausível, prontamente dada pela nossa querida e simpática Ministra da Educação.
Ora vejamos, segundo ela, isto não é mais do que seguramente o efeito combinado de três factores:
  • mais tempo de trabalho e de estudo por parte dos alunos, acompanhado pelos professores, no quadro das actividades das escolas no âmbito do Plano de Acção para a Matemática;

Engraçado, na minha escola, tanto quanto me lembro isso resumia-se a um consultório aberto uma vez por semana, onde se dava primazia ao pessoal que tinha negativas. Nas outras certamente seria diferente. Isto sem esquecer claro os alunos, que este ano, ao contrário dos alunos do ano passado, que resolveram começar a trabalhar à séria. Cada vez me orgulho mais da geração onde me vejo incluído!

  • provas de exame correctamente elaboradas, sem erros e com mais tempo para a sua realização;
Ahh, afinal nos outros anos a culpa eram dos exames que continham erros e que não estavam correctamente elaborados. Para ser sincero, sempre me pareceu que aquele ar angélico e bonitinho dos ministros não prognosticava nada de bom. Eles ali com falinhas mansas e a dizer que tinhamos de melhorar, mas afinal faziam os exames com erros e incorrectamente elaborados só para terem o prazer de olharem para os resultados e poderem rir-se um bocado no fim.
Deixando um bocado a ironia de lado (se bem que não completamente), não consigo deixar de concordar que de facto, os exames são um ponto chave nas notas deste ano.

  • maior alinhamento entre o exame, o programa e o trabalho desenvolvido pelos professores, designadamente através dos vários testes intermédios realizados nas escolas e da utilização do banco de itens disponibilizado pelo Gabinete de Avaliação Educacional por alunos e professores.
Engraçado que regra geral os testes intermédios tinham sempre melhores notas que os testes ditos normais. Das duas uma: ou os nossos professores além de visionários são muito bons e conseguem-nos preparar muito melhor para um teste que não são eles que o fazem, ou também têm a mania da perseguição e espetam-nos com testes normais que não vão de acordo ao que é leccionado na aula apenas porque têm um lado sádico a alimentar. É um caso a merecer reflexão profunda num futuro próximo.


Enfim, mas isto é apenas o que eu acho, e como aluno que sou, tenho mais é de contribuir para a bela da estatística. Ah e claro, se possível aprender algo. Mas isso é secundário, pois desde que tenha boas notas, os objectivos principais estão alcançados.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Bob Marley, Che, Cobain...


Sim, a imagem que vêem ao lado está aqui colocada intencional e propositadamente. Para quem não sabe, retrata o herói argentino/cubano Ernesto "Che" Guevara"usando uma t-shirt com a cara do Bart Simpson estampada nela.

Deparei-me com a gravura quando alguém me convidou a exibi-la num popular site de comunidades, como forma de comentário. Situação essa que me colocou na obrigação de explicar o porquê de o ter de rejeitar, uma vez que quem o colocou lá dúvido que tenha percebido a amplitude da imagem, até porque ela, a meu ver tem duas interpretações. Uma que salta logo à vista para quem conhece minimamente a história do Che e o conceito dos Simpsons. A outra, que foi precisamente aquela que me deixou mais curioso ao ponto de até ter achado piada à imagem, é o facto de ao abstrairmos-nos da primeira interpretação, vermos simplesmente um homem a usar uma imagem popular, sobre a qual nada sabe a não ser de que é popular e supostamente é cool andar com ela.
Já explico.

Quem me conhece minimamente, e para isso basta passar por este espaço, de certeza já notou que eu tenho uma grande admiração pelo homem que empresta a imagem ao background. Admiração essa que se estende a nicks de fóruns, IRCs, backgrounds, pins no estojo (obrigado Carlos), e sim, t-shirts também. Posto isto, quem me fez o comment, que por acaso até gosta dos Simpsons, pensou que ao "oferecer-me" a oportunidade de exibir a imagem estaria a meter um bocado dela em mim (metafóricamente falando).
Mesmo assim, a imagem ainda era o Che Guevara com uma camisola dos Simpsons. É o Che, revolucionário argentino que passou toda a sua vida a lutar contra a ascenção do capitalismo - e os EUA por arrasto - a usar uma t-shirt com um dos símbolos-mor da nação que tanto o austerizou em vida.
Para contextualizar ainda melhor: se é certo e sabido que o Che tem imensos admiradores pelo mundo inteiro, não é menos verdade que também não são poucos aqueles que o detestam. E a imagem que aí vêem em cima, é apenas um de muitos cartoons que demonstram esse desagrado para com esta histórica personagem.


Mas o que me leva a escrever isto é mais o conceito de "falsa idolatria", e como exemplo falarei só naqueles que, a meu ver, são os casos mais flagrantes e de fácil percepção.
Bob Marley, Che Guevara e Kurt Cobain (não necessáriamente por esta ordem) devem ser três das personalidades cuja imagem mais vende. Não é necessário andar-se muito para encontrar alguém, seja onde for, que não conheça pelo menos uma destas três personagens, e mais ainda, que tenho algum elemento de merchandising relacionado com eles.
Todos os três estão mortos e por isso heróicamente imortalizados, todos eles representam muito mais do que algum dia sonharam representar, todos eles fizerem mais na pouca vida que tiveram do que muitos povos em todos os séculos de existência, e por isso, são todos eles merecedores de solene homenagem. O Bob Marley como símbolo da luta jamaicana, o Che como símbolo da luta latino/africana e o Kurt como o símbolo de uma geração (a chamada geração grunge).

Bem se tudo isso é verdade, seria de esperar que a "falsa idolatria" não tivesse razão de ser, pois todos os três, de uma maneira ou de outra, goste-se ou não, são personagens que se percebe o porquê de ter seguidores. O que já não se percebe tão bem é por ventura o número tão excessivo de "fãs".
Não é difícil encontrar alguém na rua com uma t-shirt do Bob Morley que não saiba o nome de um único álbum dele. Não é difícil encontrar alguém com uma t-shirt do Kurt Cobain que responda simplesmente "ah e tal, a Smells Like Teen Spirit até era fixolas, o resto já não conheço" quando se lhe pergunta o nome de 5 músicas dos Nirvana. Como também não é difícil encontrar alguém com uma t-shirt do Che e que não saiba algo tão simples como o facto de ele ter sido médico ou que simplesmente desaprovaria o facto de termos apoiado a forma de com oa t-shirt foi produzida. E é deprimente assistir-se a isto, pois estes três exemplos são apenas os mais mediáticos, pois esta "mal" vai desde bandas de bandas de música a partidos políticos, passando entretanto pelas religiões.

Pessoalmente, posso dizer que tenho uma t-shirt do Che - faço desde já o mea culpa - e outra dos Metallica. Do primeiro conheço o suficiente para sentir orgulho em usa-la, o que penso ser significativo, uma vez que li não só coisas boas a seu respeito, mas também vi o que os críticos dizem. Dos segundos conheço o seu trabalho no mundo da música e são a minha banda preferida, e acho que isso diz tudo.

O problema não reside no facto de se ter um ídolo, de se ser fã de algo. O problema reside isso sim no não se saber do que se é fã, e pior ainda, não se saber porque é que se é fã ou porque se gosta de determinada pessoa/ideologia/banda. E isso, infelizmente, acontece cada vez mais.
Necessidade de integração num determinado grupo, necessidade de se ter um ídolo (mesmo que a título fictício, pois não é por se usar a t-shirt com a cara de alguém estampada que nos fará seu ídolo) ou simples tendência de moda, estes são os factores que a meu ver mais contribuem para o crescer deste fenómeno.
Fenómeno este que deve ser combatido, por duas razões: a primeira e mais importante, porque devemos ser nós a pensar pela nossa cabeça, devemos ser nós a fazer as nossas escolhas e seguir apenas aqueles que achemos ser merecedores de serem seguidos e porque, e esta já como segunda razão, não haver nada mais humilhante do que andarmos a dar a cara por algo que nem sequer sabemos o que é... da mesma forma que seria estranho vermos um Che Guevara a usar uma t-shirt dos Simpsons.

domingo, 20 de abril de 2008

Why is Free Speech so important?...

First they came for the Communists,
and I didn’t speak up,
because I wasn’t a Communist.
Then they came for the Social Democrats,
and I didn’t speak up,
because I wasn’t a Social Democrat.
Then they came for the Trade Unionists,
and I didn’t speak up,
because I wasn’t a Trade Unionist.
Then they came for the Jews,
and I didn't speak up,
because I wasn't a Jew,
Then they came for me,
and by that time there was no one
left to speak up for me.


Encontrei isso por acaso enquanto navegava livremente pela web.Foram palavras proferidas por Pastor Martin Neimoller's pouco depois de ter sido enviado para um campo de concentração, isto em plena Segunda Guerra Mundial.

O porquê de me terem chamado à atenção? Bem, parece-me simples. Foi impossível não fazer uma analogia com a sociedade que temos actualmente e verificar o quão actual o texto está.
Martin Neimoller's, apesar de ter consciência do que se passava em redor dele, nunca fez nada para interferir. Para quê sujeitar-se a sofrer represálias quando o que acontecia em redor dele não o afectava directamente? Ainda actualmente, o homem só se preocupa com o bem-estar geral quando tem o seu próprio bem-estar assegurado. De modo análogo, algo que afecte o bem-estar geral só o afectará a ele quando começar a afectar o seu próprio bem-estar.

É isto bom? Do ponto de vista social, onde os imperativos mandam que nos preocupemos uns com os outros e sejamos solidários, é claro que não.
Do ponto de vista humano, diria que é apenas "natural", e nem digo isto de forma muito depreciativa.
Nós como seres naturais que somos (ou seja, da natureza), temos nos nossos genes, ainda que de forma não muito notória, o seu básico instinto - o da sobrevivência. Assim sendo, é natural que nos queiramos ver longe de sarilhos o máximo tempo possível ou mesmo nunca os chegar a encontrar. Ora, se formos para o lado daqueles que estão em sarilhos, é certo que iremos levar por tabela.

Desculpa isso o facto de nos desinteressarmos pelo que nos rodeia?
Pois, a verdade é que também não. Por alguma razão somos diferente dos outros seres da natureza. E essa razão é precisamente sermos possuidores de razão. Razão essa que nos dá a capacidade de pensar, julgar e decidir por nós próprios. Razão essa que deve, que tem de estar necessariamente acima de qualquer instinto primário que tenhamos.


É que se hoje estamos bem mas vivemos numa sociedade contaminada e nada fazemos, mais cedo ou mais tarde, seremos vitimas dessa mesma sociedade. E nesse instante, there would be no one left to speak up for us.

Columbine - April 20th, 1999

Palavras para quê?